segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

JOVENS JAGUARARIENSES CRITICAM AÇÃO TRUCULENTA SOFRIDA EM ABORDAGEM POLICIAL NA BR 407



Na madrugada de 03 de janeiro deste ano (2016), um grupo jovens de Jaguarari foram vítimas de uma abordagem da segurança do Estado quando transitavam em um automóvel pela BR 407 nas proximidades da cidade de Jaguarari. Os jovens, que são parentes e amigos entre si, vinham de uma comunidade do interior do Município onde se reuniram para apreciar o espaço sideral e fugirem da rotina vivida na cidade. Quando pegaram a Rodovia sentido Jaguarari-Senhor do Bonfim já era muito tarde e não havia mais nenhuma lanchonete aberta e decidiram ir até Bonfim lanchar, porém perceberam que o nível do combustível do veículo estava baixo e decidiram abastecer no posto Alvorada e no momento em que fizeram o retorno na BR foram avistados por uma viatura de Polícia que de imediato sinalizaram para o condutor estacionar o carro, de pronto foi atendida a ordem. Um dos policiais pediu que o veículo fosse desligado e que o condutor descesse com as mãos na cabeça, ordem atendida.

Até este momento tudo ocorria corriqueiramente até que o policial pediu que as mulheres se afastassem dando início aos procedimentos, no mínimo desrespeitoso e totalmente fora do que determina a conduta de abordagem que as forças de segurança do Estado preconizam. O membro da guarnição solicitou que os ocupantes do sexo masculino mantivessem as mãos na cabeça e afastassem as pernas. Os rapazes já haviam atendido o que estava sendo solicitado, porém os policiais que faziam a revista gritavam que os jovens afastassem cada vez mais as pernas, estando no limite físico um dos meninos disse: “Se eu afastar mais vou cair, e o senhor está me machucando”, isso porque enquanto faziam a revista dos jovens, os chutavam nos tornozelos (fato que gerou hematomas e machucados) e os mantinham imobilizados com o braço (dos policiais) envolvendo o pescoço das vítimas.

E não parou por aí. De acordo com o relatado a nossa equipe, os policias “retiraram todos objetos do carro de forma truculenta, jogando-os no chão, chegando a quebrar alguns. Solicitaram que abrisse o porta-malas, obedeci. Um deles pediu que o policial da revista colocasse os objetos de volta no veículo, e ele fez, porém sem qualquer respeito, jogando as coisas para o interior aleatoriamente. Ao encontrarem um objeto religioso me questionaram, e falei que eu vinha de família espiritualista e que o tal objeto era feito de resina, cobre, ametista etc. e que servia como um higienizador energético, eles riram e teceram comentários chulos sobre a minha fé”.  Durante a abordagem em um dos jovens, os policias ainda causaram ofensa pessoal, além de também o agredir verbal e fisicamente com os famosos chutes nos tornozelos, chegaram ao absurdo de o taxar de maconheiro, mesmo não havendo nenhum indício de drogas no veículo e estes jovens serem totalmente aversos a quaisquer tipos de drogas.

O ponto mais forte de toda a abordagem, e acredita-se se tratar de um dos momentos de maior infelicidade da ação desta abordagem, se deu quando um dos policiais cismou com a forma que um dos jovens o olhava, neste momento o policial o encarou e disse: “Não me olhe assim seu vagabundo, eu lhe toro no ‘pau’, eu lhe encontro até no inferno. Me mantive calado. Finalizaram a abordagem com um suave ‘boa noite a todos’ como se todo esse desrespeito e abuso fossem normais”.

Muitos irão se perguntar se os nomes destes policiais, que não são os que trabalham em nosso município, foram anotados. Questionamos isso a estes jovens e a resposta deles foi esta: “Todos eles estavam com seus nomes cobertos na farda, só consegui visualizar o sobrenome de um. E completaram: Se segurança se faz com violência, qual a diferença entre polícia e bandido?”. Mas por medidas de segurança, justiça e bom senso não divulgaram à nossa equipe, no entanto as famílias deverão usar da Lei para buscar corrigir os danos sofridos.

Finalizamos esta matéria com algumas reflexões acerca do fato ocorrido.

Graças a Deus nem todos os nossos policiais agem assim, de forma truculenta, grosseira e desrespeitosa;Grande parte do efetivo, principalmente no caso em tela, vivem no limite do estresse em decorrência do risco de vida que estão submetidos, muitos deles enfrentam problemas pessoais e familiares igual a qualquer um de nós e ainda atuam longe de suas famílias por dias;Não possuem as condições de trabalho que deveriam ter, muitas vezes tendem a enfrentar bandidos muito mais bem armados que Eles;A remuneração salarial não condiz com a importância do trabalho realizado.

Fonte: Jaguarari Online.

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