segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Adolfo Menezes faz aquecimento para disputar a sucessão

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Os fatos pregressos até que não avalizariam a declaração do deputado Marcelo Nilo de que “dificilmente” será candidato à presidência da Assembleia Legislativa, pois nos casos anteriores, desde 2009, a conversa foi a mesma.
Desta vez, entretanto, o presidente parece sincero, por ter sentido que extrapolou todos os limites do razoável ao exercer o cargo pelo quinto mandato consecutivo. Embora mantendo forte liderança entre os parlamentares, a estratégia o aconselha a afastar-se.
Nilo imaginou que a presidência seria passaporte para figurar numa chapa majoritária do governismo na Bahia, o que não ocorreu. Fixa-se, agora, na posse de um partido político, que julga outra condição para alcançar o objetivo.
Com o PL ainda em processo de criação, Nilo está tendo dificuldades que são públicas, e poderia tê-las mesmo depois, com a incorporação ao PSD, apesar do espaço e tranquilidade com que lhe acena o senador Otto Alencar.
Quanto à presidência, é consensual que uma nova reeleição, mesmo tecnicamente segura, representaria grande desgaste para a Casa e para o deputado, prejudicando sua pretensão de candidatar-se ao Senado em 2018.
O projeto mais simples e viável é concentrar-se na opção partidária que fará, consolidar na Assembleia uma bancada numerosa, como se desenha, e indicar ao plenário um sucessor para o biênio 2017-19.
Na verdade, esse nome já existe, e foi apontado em primeira mão em Por Escrito no dia 24 de fevereiro, em matéria intitulada, justamente, “Nilo tem candidato para 2017”.
O fato, conforme o texto, foi comunicado pelo presidente da Assembleia, no final do ano passado, ao então governador Jaques Wagner e ao governador eleito, Rui Costa.
A conversa do trio era em torno de uma emenda constitucional para proibir a reeleição, que acabou não saindo.
Nilo disse a Wagner e Rui que a mudança na lei dependeria da maioria da Casa e que, mesmo ficando fora do processo, apoiaria o deputado Adolfo Menezes.
Menezes se encaixa no perfil ideal: é muito querido pelos colegas, dos quais recebeu votação unânime para vice-presidente, há sete meses, e é um governista que fala com independência, o que o credencia no âmbito da oposição.
Em visível processo de aquecimento para entrar em campo, Menezes esteve à frente da maioria das sessões este ano e até foi indicado por Nilo para presidir uma solenidade que lhe é muito cara: o lançamento de livros editados pela Assembleia.

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