Foto: Reprodução / G1 Blog do Rogério Alves Locutor
Quatro irmãos foram perseguidos, encurralados e espancados por taxistas que os confundiram com motoristas do Uber, nesta terça-feira (30), em Brasília. A família desembarcou no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek e seguiam de carro para Ceilândia. Uma das vítimas da confusão, o vendedor Clécio Alves, contou ao G1 que a família voltava de Recife (PE) e era esperada pela mulher de um dos homens no saguão do aeroporto. O grupo entrou no carro e passou a ser seguido por taxistas. "Um taxista cortou farol para a gente,passou por a gente em alta velocidade, comeõu a xingar, chamando de bandido, de cambada de safado. Aí ele cortou a nossa frente e brecou com muita força. Meu irmão tentou frear, bateu. Ele foi para lateral e falou: 'Gente, desculpa aí, desculpa aí, vamos resolver. Me segue, segue aí'. Meu irmão seguiu", relatou o rapaz, que afirmou ter caído em uma armadilha. "Quando a gente encostu, mais de 50 taxistas já chegaram no carro, quebrando o carro, batendo na gente, e um gritando: 'Mata que é Uber, mata que é Uber'. Eu falando: 'Gente, a gente é família, estamos chegando de viagem, não faz isso, não". No momento, um taxista puxou um punhal para tentar matar o irmão mais velho, ao que Alves avançou, mas levou uma paulada logo em seguida. Ao cair no chão, foi espancado, conforme mostram as feridas em seu rosto. O caso foi registrado na 10ª Delegacia de Polícia, onde reconheceram um dos agressores por foto. Motoristas do Uber estiveram no local para denunciar agressões sofridas em um posto de combustível vizinho ao terminal. A presidente do Sindicato dos Taxistas, Maria do Bomfim, disse ao G1 que a entidade não compactua com violência, mas que os profissionais estão "cansados das agressões dos motoristas do Uber e, por causa disso, estão partindo para cima".
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