quarta-feira, 25 de maio de 2016

Filme brasileiro que custou R$500 financiados por vaquinha vence prêmio em Cannes

a-moc3a7a-que-danc3a7ou-com-o-diaboEnquanto aqui no Brasil se briga pela volta do Ministério da Cultura e a discussão sobre a validade ou não da Lei Rouanet pega fogo, em Cannes um filme feito no interior do Brasil, custeado por rifas e que precisou de R$500 para ser feito leva prêmios.
O curta brasileiro “A Moça que Dançou com o Diabo”, de João Paulo Miranda, levou o prêmio especial do júri no Festival de Cannes. Acabou perdendo a Palma de Ouro, o prêmio principal, para “Timecode”, do catalão Juanjo Gimenez. A cerimônia ocorreu na noite deste domingo (22), na cidade costeira do sul da França.

“A Moça”, sobre uma mulher que vive entre parentes religiosas, custou R$ 500 financiados por uma rifa.
O filme foi rodado em Rio Claro, cidade do interior de São Paulo. À Folha de São Paulo, o diretor contou que teve que apelar para o financiamento através de rifas com produtos de comerciantes locais por não conseguir apoio financeiro via editais.
É o segundo ano consecutivo em que Miranda concorre em Cannes. Em 2015, seu curta “Command Action”, sobre um garoto pobre encantado com um boneco importado em uma feira popular, disputou na Semana da Crítica, sessão paralela voltada a iniciantes.
Outro brasileiro premiado da edição foi Eryk Rocha, que levou o Olho de Ouro, prêmio dedicado aos documentários da programação oficial, por seu “Cinema Novo”, obra que remonta a trajetória do movimento cinematográfico nacional.
O longa “Aquarius”, de Kleber Mendonça Filho, também competia, mas pela Palma de Ouro, na competição oficial e acabou perdendo o prêmio para o inglês I, Daniel Blake, de Ken Loach.

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